sábado, 24 de maio de 2014

É possível a gravidez para mulheres cardiopatas?

A doença cardíaca continua sendo uma das complicações médicas mais importantes da gestação. O acompanhamento da gestante portadora de cardiopatia deve levar em conta as modificações hemodinâmicas que ocorrem na gravidez. Há pouco mais de 100 anos, a mulher portadora de cardiopatia era desencorajada a engravidar, porém, devido ao avanço terapêutico e à cirurgia cardíaca, houve melhora significativa no prognóstico das gestantes cardiopatas.
Para entender melhor o risco da gravidez para a cardiopata, é necessário que se entenda as modificações que ocorrem no corpo da mulher grávida: durante o ciclo gravídico normal, em torno da 6ª semana existe elevação do volume sanguíneo materno, atingindo o pico na 24ª semana, chegando a ser 50% maior que o volume sanguíneo pré-gravídico. Ocorre, ao mesmo tempo, um aumento da frequência cardíaca e, consequentemente, do débito cardíaco. Esse conjunto de alterações gerais resultará em um aumento do gradiente de pressão através da valva mitral, havendo aumento da pressão intratrial e, por conseguinte, da pressão capilar pulmonar.
Muitas vezes, aumentos pressóricos são compensados pela queda da pressão arterial sistêmica, sendo assim, o coração materno deve ser capaz de se adaptar à sobrecarga imposta pela gestação. No entanto, a gestante pode possuir uma cardiopatia sintomática ou assintomática, compensada ou descompensada, podendo dificultar ou impedir a sua adaptação cardíaca.
Através das conquistas da medicina, apoiadas nos avanços dos exames complementares, nas novas descobertas terapêuticas e na consagração da cirurgia cardíaca, o prognóstico das mulheres cardiopatas que engravidam melhorou sensivelmente.

A gravidez em cardiopatas continua sendo considerada de alto risco, contudo, não mais significa impossibilidade de continuar a gestação. Faz-se necessário acompanhamento de perto. Contudo, a gestação já não é mais impossível, dando a esperança de maternidade às cardiopatas, que eram desenganadas em relação a esse sonho.
Paula Helena G. de Souza.
Coordenadora da Liga de Cardiologia Unicamp 2014.

7 comentários:

  1. Sou cardiopata e faço uso de CDI. Tenho muita vontade de engravidar... Mas até aqui todos os médicos que já fui desencorajam. Fico feliz em ler essa reportagem. Mas gostaria de informações mais detalhadas, tais como qual o real risco de morte para a mãe ou o bebê? O bebê pode vir a nascer com algum problema?
    Desde já agradeço.
    Se alguém puder enviar mais esclarecimentos. .. Meu e-mail é:annecarol80@gmail.com

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  2. Cardiologista deve acompanhar toda a gestação, durante todo o processo para avaliar a saúde da gestante. Mas não é impossível engravidar nesse caso.

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  3. Sou portadora de CDI e tenho muito medo de engravidar , pois todos os médicos dizem que é muito perigoso. As vezes tenho vontade,mas tenho muito medo. É com esse post tive algumas expectativas. Espero um dia conseguir.

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  4. sou portadora de cardiopatia congenetita ( tretalogia de falot), ja tenho uma filha de 1 ano nao tive complicaçoes na gravidez nem na hora do parto, porem estou um receiosa de ter outro filho pois ouvi fala que posso ter complicaçoes na hora do parto porem gostaria de ter mais um filho. posso ter outro filho? por favor me respondam.

    meu email para a resposta: binaah13@gmail.com

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  5. Olá tenho problema no coração se chama difultam posso der filho, se poder ser normal ou tem que ser Cesário???

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  6. Sou cardiopata tenho hipertrofia septal uso marcapasso tive uma filha com uma gestação maravilhosa que agora tem 6anosde idade e agora meu sonho é ter outro filho será que posso ter uma gestação tranquila novamente. ?

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  7. Tenho civ e agora descobri que estou grávida . Estou morrendo de medo

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