quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Uso de droga injetável e endocardite


Uma de nossas últimas postagens foi sobre o uso da cocaína e seus efeitos para o coração. Hoje, vamos falar do uso de drogas injetáveis, como a heroína, e o risco para o desenvolvimento de endocardite, que chega a ser até três vezes maior.
Já explicamos aqui no blog o que é a endocardite, seus sintomas e como ela é causada (ver tópico http://ligadecardiologiaunicamp.blogspot.com.br/2014/08/sorriso-bonito-e-coracao-saudavel.html).
No entanto, ainda não falamos sobre essa doença em usuários de droga injetáveis. Na população em geral, a endocardite mais comum é aquela que acomete o lado esquerdo do coração, como a valva mitral. No caso de usuários de drogas injetáveis, por outro lado, a endocardite mais comum é aquela que acomete o lado direito do coração.
A proporção de endocardite infecciosa envolvendo a valva tricúspide pode chegar a 70% dos casos nesses pacientes, o que é algo ruim porque está relacionado a um pior prognóstico.
O acometimento do lado direito ocorre por vários motivos, dentre eles o fato de que, enquanto injetam a droga, os usuários levam ao sangue bactérias ou fungos, facilitando a infecção da valva tricúspide. Além disso, o uso repetitivo de drogas injetáveis pode, ao longo do tempo, danificar a valva tricúspide sem que haja sintomas, aumentando a chance de que ocorra endocardite.
Entre os agentes infecciosos, o S. aureus está presente em mais da metade de endocardite infecciosa em usuarios de droga injetáveis, enquanto no restante dos pacientes a prevalência é pode ser de apenas 30%.

Para saber mais sobre a endocardite infecciosa, acesse os links abaixo!


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