quinta-feira, 24 de abril de 2014

Avaliação de risco para evento cardiovascular

As doenças cardiovasculares são a primeira causa de óbitos no mundo, segundo a Organização Mundial da saúde. Sendo assim, fica clara a preocupação dos profissionais da saúde e da população em geral na prevenção e identificação dos riscos.

Nos Estados Unidos, em um grande estudo populacional, chamado Estudo de Framingham, iniciado em 1948 na cidade de Framingham, Massachusetts, e patrocinado pelo National Heart Institute, foram estabelecidos os critérios até hoje utilizados para o cálculo do risco cardiovascular.
Naquela época, pouco se conhecia sobre os fatores de risco cardiovascular e o objetivo do estudo foi identificar os fatores que contribuíam para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares.
Foram recrutados 5.209 habitantes de Framingham, de ambos os sexos e sem doença cardíaca aparente, que realizaram extensa avaliação clínica e laboratorial e tiveram seus hábitos de vida cuidadosamente analisados. A partir de então eles retornaram para serem avaliados a cada 2 anos.
A partir dos resultados desse estudo, os principais fatores para avaliação do risco cardiovascular foram estabelecidos: colesterol total, HDL, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, diabetes, tabagismo, sexo e idade. A partir dos valores desses fatores, foi desenvolvido o escore de framingham, que, embora tenha sua origem em uma população americana predominantemente branca, teve sua utilidade demonstrada por estudos realizados em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.
O risco é considerado baixo quando o escore é inferior a 10%, intermediário quando éstá entre 10 e 20% e alto quando é superior a 20%.
É sempre bom lembrar que mesmo uma pessoa tendo risco baixo pelos critérios de framingham, isso não significa que nunca desenvolverá uma doença cardiovascular. Portanto, todos precisam manter hábitos saudáveis para cuidar do coração! E de todo o resto do corpo, na verdade.

Tabela mostrando como se calcula: http://www.lapacor.com.br/escore.html


Paula Helena Gonçalves de Souza
Coordenadora de pesquisa na Liga de Cardiologia da Unicamp 2014

Um comentário:

  1. Cardiologista tem que ser consultado sempre! É de extrema importância que façamos sempre baterias de exames cardiovasculares, para sabermos sobre o andamento de nossa saúde.

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