As doenças cardiovasculares são a primeira causa de óbitos
no mundo, segundo a Organização Mundial da saúde. Sendo assim, fica clara a
preocupação dos profissionais da saúde e da população em geral na prevenção e
identificação dos riscos.
Nos
Estados Unidos, em um grande estudo populacional, chamado Estudo de Framingham,
iniciado em 1948 na cidade de Framingham, Massachusetts, e patrocinado pelo
National Heart Institute, foram estabelecidos os critérios até hoje utilizados
para o cálculo do risco cardiovascular.
Naquela
época, pouco se conhecia sobre os fatores de risco cardiovascular e o objetivo
do estudo foi identificar os fatores que contribuíam para o desenvolvimento das
doenças cardiovasculares.
Foram
recrutados 5.209 habitantes de Framingham, de ambos os sexos e sem doença
cardíaca aparente, que realizaram extensa avaliação clínica e laboratorial e
tiveram seus hábitos de vida cuidadosamente analisados. A partir de então eles
retornaram para serem avaliados a cada 2 anos.
A
partir dos resultados desse estudo, os principais fatores para avaliação do risco
cardiovascular foram estabelecidos: colesterol total, HDL, pressão arterial
sistólica, pressão arterial diastólica, diabetes, tabagismo, sexo e idade. A
partir dos valores desses fatores, foi desenvolvido o escore de framingham, que, embora tenha sua origem em uma população americana predominantemente branca,
teve sua utilidade demonstrada por estudos realizados em várias partes do
mundo, inclusive no Brasil.
O
risco é considerado baixo quando o escore é inferior a 10%, intermediário
quando éstá entre 10 e 20% e alto quando é superior a 20%.
É
sempre bom lembrar que mesmo uma pessoa tendo risco baixo pelos critérios de
framingham, isso não significa que nunca desenvolverá uma doença cardiovascular.
Portanto, todos precisam manter hábitos saudáveis para cuidar do coração! E de
todo o resto do corpo, na verdade.
Há disponível pelo site do Hospital Albert Einstein, um link para o cálculo do risco cardiovascular: http://www.einstein.br/Hospital/cardiologia/calculadoras-de-risco-cardiaco/risco-cardiaco-pelo-escore-de-riscode-framingham/Paginas/calcule-o-seu-risco-cardiaco-pelo-escore-de-risco-de-framingham.aspx
Tabela mostrando como se calcula: http://www.lapacor.com.br/escore.html
Paula Helena Gonçalves de Souza
Coordenadora de pesquisa na Liga de Cardiologia da Unicamp 2014
Cardiologista tem que ser consultado sempre! É de extrema importância que façamos sempre baterias de exames cardiovasculares, para sabermos sobre o andamento de nossa saúde.
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